Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Academia Militar do Rio de Janeiro. Oficial do Exército. Professor de Línguas e Ciências. Funcionário do Tesouro Nacional. Concessionário da estrada de ferro de Vitória a Natividade, no estado do Espirito Santo. Conselheiro da Imperial Sociedade Amante da Instrução (1865). Deputado Provincial. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. Fundador da Loja Maçónica União e Progresso (1872) Nascido em 1824 no Rio de Janeiro. Falecido a 6.9.1885 em Paquetá. "Aos dezoito dias do mês de março de mil oitocentos e vinte e quatro anos, nesta Capella Imperial de Nossa Senhora do Monte do Carmo, desta Cidade e Corte do Rio de Janeiro batizei e puz os Santos Oleos solenemente ao inocente Miguel, que nasceu aos quatro do corrente mês e ano, filho legitimo do Tenente José Maria de Noronha Feital e de Dona Thereza Ignácia de Noronha, recebidos na freguesia da Sé desta Cidade. Avós paternos incognitos [?] e maternos Antonio Joaquim de Bastos, natural da Madeira, e Anna Ignacia da Luz, natural desta cidade, foi protetora Nossa Senhora e padrinho Miguel Ferreira Gomes: de que fis este assento. O Conego Cura Luiz Marcianno e Silva." Nada mais consta. Ita in fide sacerdotis. (Fonte: documento datado de 22 de junho de 1972 assinado por Mons. Mário Novaretti, Cura interino da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro certifica que no livro de registros de batizados das pessoas ocupadas no Serviço do Paço, a folhas 69 consta o seguinte [como transcrito acima]). O padrinho acima era: um capitão, negociante, dono de barcas, lidando com carnes, couros, sebos, farinha, feijão, arroz, madeira e escravos e foi morador na rua do Sabão 35, 104 e 336, eleito como um dos diretores do Banco do Brasil em 1825, casado com D. Polocena Roza Ferreira, tendo como filhos, Miguel Ferreira Gomes, filho e menores João Ferreira Gomes e D. Maria da Glória Ferreira. Miguel Maria de Noronha Feital [1824-1885], Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Deputado Provincial e Cavaleiro da Ordem de Cristo [22/2/1873] [Dicionário das Famílias Brasileiras, Tomo I, vol. I] Como a grande inspiraçao dos estudiosos de Vitória nesta época era a formaçao de uma biblioteca, no que resultou na iniciativa em 1873, da Sociedade Beneficente Uniao e Progresso de Vitória, que além da biblioteca popular, com 1200 volumes, inaugurou um liceu de Humanidades, inteiramente gratuito e com cerca de 90 alunos. Seu diretor era o engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital. Esta instituiçaodeu origem à Escola Normal do Espirito Santo. “Tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Exa. que a Sociedade Beneficente União e Progresso acaba de fundar nesta Capital um liceu gratuito de humanidades, em cujas diversas aulas que já funcionam acham-se matriculados para mais de noventa alunos, e igualmente uma Biblioteca popular já franqueada ao público, contando para mais de mil e duzentos volumes e todos oferecidos por particulares. Estas instituições que auguram próspero futuro à Província, são devidas aos esforços do Diretor daquela sociedade, o Engenheiro Doutor Miguel Maria de Noronha Feital, que assim prestou relevantíssimo serviço à causa da instrução popular. De minha parte auxiliei-o o quanto em mim esteve, no sentido de não só de facilitar a execução de tão proveitosa idéia, como de dar todo o esplendor ao ato da inauguração destes importantes estabelecimentos, que são verdadeiros e poderosos incentivos a maiores cometimentos. Folgo ainda registrar, que, em seguida à inauguração tive a satisfação de entregar três cartas de liberdade, concedidas em regozijo ao ato e para maior realce da festa, uma pelo cidadão Jacinto Escobar de Araújo, e duas por uma respeitável Sra. D. Josefa Souto Pinho” (Fonte; Do ofício de João Tomé da Silva, presidente do Espírito Santo, ao ministro do Império, de quinze de janeiro de 1873, in Pres ES, XIII, 317-7v). Miguel Maria de Noronha Feital, em 1842 (23 de março) estava acabando o segundo ano da Escola Militar e pede para ir ao Pará ou Mato Gross, e teve graça merecida. Em 1844 era já casado aqui na Corte e tinha familia. Tendo êle nascido em 1824 natural do Rio de Janeiro, filho do capitao Miguel [sic, deve-se ler José] Maria de Noronha Feital. Em 1845 na Escola Militar, só faltava quimica para acabar e foi para Alagoas e depois Pernambuco, interrompendo os estudos, e rematriculando em março de 1850. Tendo assentado praça em 4 de março de 1839 e morador na rua do Sabao [chamada depois General Camara e atualmente é a pista lateral da Av. Presidente Vargas, lado ímpar] numero 98. Fonte: Arquivo do Exercito No Diario do Rio de Janeiro, anno XXI, terça feira, 29 de novembro de 1842, pg. 2, ediçao 00266 lê-se em referencia à promoçao do setimo batalhao de caçadores da primeira linha do exercito a que se refere o decreto da data de 12 de novembro de 1842, entre alferes, o alferes de commissao Miguel Maria de Noronha Feital. Extrato do Registro de Casamento de Miguel Maria de Noronha Feital e Maria da Conceição Pinheiro - Igreja do SS. Sacramento, Rio de Janeiro, pagina 18 do livro 7 :"Aos dias 22 do mês de dezembro de 1842 na Capela de Santo Antonio dos Pobres...recebi em matrimonio Miguel Maria de Noronha Feital, filho legitimo do tenente José Maria de Noronha Feital e de D. Thereza Ignacia de Noronha, batizado na Capella Imperial, com D. Maria da Conceiçao Pinheiro, filha natural reconhecida de Ezequiel Pinheiro dos Santos e Ursula Maria das Virgens, batizada nesta freguezia do Sacramento da Sé, foram testemunhas o tenente coronel Mathias José Anselmo Lourenço e Antonio Fernandes Padilha..." (Fonte:"Brasil, Rio de Janeiro, Registros da Igreja Católica, 1616-1980," images, FamilySearch (https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-14183-45330-77?cc=1719212 : 20 May 2014), Rio de Janeiro > Santíssimo Sacramento > Matrimônios 1842, Ago-1851, Jun > image 20 of 290; paróquias Católicas ,Rio di Janeiro (Catholic Church parishes, Rio di Janeiro). "O Alferes Miguel Maria de Noronha Feital, pela brevidade com que teve de partir para a provincia do Maranhao, nao pode despedir-se de todos os seus parentes e amigos, o que faz pelo presente anuncio, pedindo-lhes desculpa nesta falta e offerecendo-lhes o seu pequeno préstimo na referida provincia" (Fonte: Jornal do Comércio, Anno XVIII, ediçao 0000 (1), sexta-feira, 6 de janeiro de 1843, p. 4) "Movimentos do Porto: entradas no dia 22: "Rio Grande do Norte e intermédios 21 dias, e 5 do ultimo porto, vapor Paquete do Sul, M. Mathias de Barros Valente, passags. o Capitao Adolfo Pedro da Silva Canibal, o Capitao tenente Lourenço da Silva Araujo Amazonas, o alferes Miguel Maria Noronha Feital, com sua mulher e uma escrava" (Fonte: Diario do Rio de Janeiro, segunda feira, 23 de outubro de 1843, anno XXII, ediçao 00237, pg. 4) Sob a rubrica Editaes, primeiro batalhao de fuzileiros aparece a seguinte nota: "Precisa-se contratar para o rancho da praça do mesmo, no primeiro trimestre do anno futuro, os generes seguintes: café. assucar, pao, carne sêca, dita verde, farinha, feijao, toucinho, bacalhaó, arroz, cangica, azeite doce, vinagre, sal e lenha. As propostas devem ser dirigidas à secretaria do batalhao no dia 17 do corrente às 10 horas da manha. Quartel, em 14 de dezembro de 1846. - Miguel Maria de Noronha Feital, alferes agente." (Fonte: Anno XXV, Diario do Rio de Janeiro, terça feira, 15 de dezembro de 1846, ediçao 07382, pg. 2) Escreveu poesia: O. D. C. à Aug .?. e Resp .?. Loj .?. Segredo e Amizade por ocasião de celebrar a posse de suas dignidades em 31de julho de 1847. (Fonte: BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1883. 7 v.). Sob a rubrica Parte Official: Ministerio da Guerra: dia 10 [de março]:"Ao presidente da provincia das Alagoas, mandando descontar ao 2o tenente do primeiro batalhao de artilharia a pé Miguel Maria de Noronha Feital, que alli se acha, a importancia das comedorias de embarque que recebera na pagadoria das tropas, visto have-las recebido tambem pela companhia de paquetes de vapor." (Fonte: Correio Mercantil, segunda feira, 16 de abril de 1849, Anno VI, ediçao 00103 (1), pg. 1) (http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=217280&PagFis=1868) "Ao comandante das armas da côrte, communicando-lhe que ao primeiro tenente do terceiro batalhao de artilharia a pé, Miguel Maria de Noronha Feital se concedera liçença para estudar na escola militar o anno que lhe falta do curso da sua arma, continuando porém no serviço do primeiro batalhao da mesma arma, a que se acha adido até se abrirem as aulas da referida escola. - Participou-se ao presidente do Pará" (Fonte: sob a rubrica Ministério da Guerra, expediente do dia 18 de setembro, Diario do Rio de Janeiro, anno XXVIII, terça feira, dia 18 de oitubro de 1849, ediçao 08216 (1), pg. 1) "Faltou a tirar ponto de direito o alumno Miguel Maria de Noronha Feital, primeiro tenente d'artilharia. Escola Militar, 18 de dezembro de 1849 - Francisco de Paula e Vasconcellos, diretor" (Fonte: Diario do Rio de Janeiro, Anno XXVIII, ediçao 08286(1), quinta feira, 27 de dezembro de 1849, pg.2) O Diario: 1 de julho: Incendio na Guarda Velha - S. Ex. o Sr. ministro da guerra mandou dar oito dias de licença com todos os vencimentos e 30$rs. a cada um dos soldados do corpo de artifices, Manuel Alves da Cunha, Luis Manuel Pereira de Magalhaes e Antonio Rodrigues, pelo valor com que se portarao, salvando das chamas um individuo, que estava preste a ser por elas deverado. Louvores ao nobre ministro, que sempre que se offerece ocasiao,promove estimulos para que se repitao actos de bravura na classe que lhe está confiada. Por esta ocasiao devemos mencional alguns nomes dos que mais se distinguirao na extincçao do incendio, assim que outros em casos identicos os procurem imitar. Os Srs. tenente Feital, que commandava as praças de artifices, e com ellas se arriscava e trabalhava arduamente, Dr. Rego Macedo, que nao se poupava a esforços, E. I. Exposto e dois empregados das obras Corrêa e Patrocinio, que eram incansaveis no trabalho. A estes, e a todos que procuravao extinguir o incendio deve a humanidade um serviço importante. Consta-nos que o Sr. Gabriel José Pereira Bastos, inspector da frequezia de Santa Anna, esta a expirar. É mais uma victima do incendio. (Fonte: Diario do Rio de Janeiro, sexta feira, 2 de julho de 1852, Anno XXXI, n. 9024, p. 3) Foi primeiro secretario da Associaçao dos Parochianos da Freguezia de Sant'Anna. (Fonte: Correio Mercantil, Anno XIV, no. 89, quarta feira, primeiro de abril de 1857, pg.1) Foi proprietário de um prédio no rua Nova do Conde, mais tarde, rua Visconde do Rio Branco (entre a Praça Tiradentes e o Campo de Santana) e Frei Caneca do Campo de Santana à entao chamada Lagoa da Sentinela como consta no anuncio publicado no Diario do Rio de Janeiro, na quinta feira, 9 de dezembro de 1858, ano XXXVIII, numero 527, ediçao 327 onde lemos na página 2 sobre o titulo de "Leiloes": "Hoje quinta feira 9 do corrente aos srs. proprietários e capitalistas. prédio nobre, leilao do prédio nobre, com quatro janelas, de grades de ferro, situado na rua Nove do Conde n. 198, em frente à casa do Exmo. Sr. conselheiro Zacarias, contendo no pavimento terreo salas de espera, de visitas, para oratorio de missa, do meio e do engommado, alcovas, quartos, dispensa, cozinha com forno e fogao de ferro, tanque, jardim e pateo ajardinado, agua em tres lugares, no patio, cozinha e quintal, e no sobrado, grande sala para baile e para jogo, com alcovaspara toilette, etc., tudo em terreno proprio. Antonio de Moraes Silva com autorizaçao franca dos Illms. proprietários, os Srs. Hyppolito Jeronymo Martins e Dr. Miguel Maria de Noronha Feital, fará leilao do excellente e magnifico predio, o qual será vendido impreterivelmente a quem maior lance offerecer. Para maior informaçoes os Srs. pretendentes podem dirigir-se ao annunciante, rua do Rosario n.106 e para ver e examinar, no mesmo predio." "Foi nomeado engenheiro chefe de districto das obras publicas da provincia do Rio de Janeiro, o bacharel Miguel Maria de Noronha Feital". (Fonte: Correio Mercantil, Anno XVI, no. 318, ediçao 00318 (1), domingo, 20 de novembro de 1859, pg.1) Sob a rubrica Noticias diversas: "Foi nomeado engenheiro chefe do districto das obras publicas da provincia do Rio de Janeiro o bacharel Miguel Maria de Noronha Feital". (Fonte: Correio Mercantil, domingo, 20 de novembro de 1859, p.1, Anno XVI, ediçao 0031 (1))(http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=217280&PagFis=16905) Sob a rubrica, Provincia do Rio de Janeiro, parte official, expediente da secretaria do governo, dezembro 1859 consta:"A diretoria de obras publicas que determine ao engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital, que siga quanto antes para a freguezia de Nossa Senhora da Conceiçao das Duas Barras, em Cantagallo, a fim de organizar a planta e os orçamentos dos melhoramentos indispensaveis na estrada que daquella freguezia se dirige a Nova-Friburgo, já aberta em parte a expensas de particulares, devendo attender á mais severa economia dos cofres publicos, e informar a vantagem que presta ao transito a mencionada estrada em relaçao a outras paralelas que existao. (Fonte: Correio Mercantil, Anno XVI, ediçao 00349(1), quinta feira, 22 de dezembro de 1859, pg.1) Sob a rubrica Provincia do Rio de Janeiro: expediente do governo da provincia - fevereiro: "A mesma para fazer constar ao engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital, chefe do primeiro districto, que relatorios como o que elle apresentou, nada esclarecendo a presidencia, nao dao direito á percepçao de vencimentos, os quais ficarao suspensos se os mesmos relatorios nao forem organizados por outro modo".(Fonte: Correio Mercantil, Anno XVII, ediçao 0043 (1), p. 2, domingo, 12 de fevereiro de 1860) (http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=217280&PagFis=17232) "A mesma determinando que faça seguir para os municipios de Cantagallo e Friburgo o engenheiro Antonio Rodrigues da Costa , afim de dar andamento aos trabalhos que alli estao paralysados, sendo substituido na commisao em que ora se acha o engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital." (Fonte: Correio Mercantil, segunda feira, 30 de abril de 1860, pg.2, Anno XVI, ediçao 00119 (1))(http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=217280&PagFis=17536) Sob a rubrica Publicaçoes do Foro: edital de praça com o prazo de 10 dias:"O Dr. José Caetano dos Santos, juiz da 3a vara municipal, substituto em exercicio da 2a commercial: Faço saber aos que o presente edital de praça com o prazo de 10 dias virem que o porteiro dos auditorios deste juizo ha de trazer a publico prégao de venda e arremataçao, no dia 10 de julho proximo futuro, ás 11 horas as portas da casa das audiencias deste juizo, rua do Cano no. 39, os seguintes objectos por execuçao que contra Hippolyto Jeronymo Martinez e sua mulher e Miguel Maria de Noronha Feital e sua mulher move José Antonio Vasquez, a saber: Laurinda, crioula, idade presumivel 30 annos, serviço domestico com dois crias, sendo uma de 1 anno e outra de 3 mezes, avaliados em 2.000$; Firmino, moçambique, idade 40 annos presumiveis, cozinheiro, 1.000$; 8 cadeiras de mogno, a 2$; 2 ditas de braço, a 5$; 1 mesa redonda fechada, por 8$; 2 consolos de mogno, tampo de pedra, a 10$; 1 sofa com encosto de palhinha, 20$; 3 quadros com moldura por 1$500; uma moldura para quadro, 2$; 1 guarda-vestidos, pro 20$; uma cadeira estofada, por 1$500; 1 mesa para jogo, 4$; 1 dita sem gavetas, 1$; 6 cadeiras francezas, a 3$; 1 mesa com abas, 3$; 1 lavatorio foleado de mogno, 2$; 1 piano de mesa, velho, por 30$; 1 marqueza de jacarandá, 2$; 1 tapete, 500 rs.; uma serpentina sem mangas, 500 rs.; 1 jarro de vidro, 500 rs.; 2 figuras quebradas, a 300 rs.; importando a avaliaçao dos trastes 162$300. E para que chegue á noticia de todos se passou o presente e mais dous de igual teor, afim de serem publicados e affixados na fórma do estylo pelo dito porteiro, que de assim o haver cumprido lavrará a competente certidao. Dada e passada nesta côrte, aos 26 de junho de 1860. E eu, Bernardo Gomes de Abreu, o subscrevi. - José Caetano dos Santos (Fonte: Correio Mercantil, quinta feira, 28 de junho de 1860, pg.3, ediçao 00178 (1), Anno XVII) (http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=17773) "Hoje 10 do corrente vao á praça na 2a vara commercial, escrivao Abreu, uma escrava com duas crias, um escravo, moveis, guarda-louça, cadeiras, mesas, etc., por execuçao que José Antonio Vasques move contra Hippolyto Jeronymo Martins e sua mulher e Miguel Manoel [sic., deveria ser Maria] de Noronha Feital e sua mulher. Esta arremataçao será na rua do Cano no. 39, ás portas do juizo do commercio, depois da audiencia." (Fonte: Correio Mercantil, terça-feira, 10 de julho de 1860, Anno XVII, ediçao 00190 (1), p.3)(http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=217280&PagFis=17821) Coluna aparecida sob o titulo "Provincia do Rio de Janeiro", e subtitulo "Cantagallo e Friburgo" : "O artigo com o titulo acima (e que só me constou na sexta-feira à noite), sahio na quinta-feira. Na vespera às 11 horas era meu cunhado o Sr. Chaves Pinheiro, lente da academia das bellas-artes, procurado em sua aula, afim de exigir de mim demora até quinta-feira na apresentaçao do resultado da commissao para que fui nomeado na estrada de Friburgo a Cantagallo por S. Ex. o Sr. presidente da provincia. No dia seguinte foi publicado este artigo. Quando provavelmente gemia elle sob o prelo, preenchia eu já uma commissao diversa em outro lugar; porque trabalho e muito, nao vivo em ocio, sou pobre e seis filhos pedem pao. Nada tenho com a questao de herança do Dasan, e o Sr. Dimas Ferreira Pedresa ; para mutilar-se este senhor, nao a necessidade de envolver meu nome. Convem-me porém prevenir ao cavalheiro, que com tanta impertinencia tem importunado meu cunhado, e que até o obrigou a copiar uma carta e assigna-la, com direçao para Cantagallo (cujo rascunho pelo proprio punho deste cavalheiro existe em meu poder) pedindo-me que eu fosse contrario à pretensao do Sr. Dimas, que nunca mais se dirija a este meu parente, ou a qualquer outro meu amigo com pedidos de tal espécie. Hei sido encumbido e dado conta de differentes commissoes, como engenheiro da provincia ; nunca precisei de inspiraçoes. As phrases insinuantes que vêm no artigo, com aperto de maos e vintens, sao de tal ordem que fiquem lá com ellas o seu autor. O chefe do distrito, Miguel Maria de Noronha Feital. (Fonte: Diario do Rio de Janeiro, domingo, 16 de dezembro de 1860, ano XL, ediçao 00261 (1), pg. 2) "O mesmo Sr. Conselheiro nomeou mais engenheiro fiscal da estrada de ferro de Cantagallo, e seu prolongamento até Villa-Nova, o engenheiro bacharel Miguel Maria de Noronha Feital, com a cathegoria e vencimentos de chefe de districto" (Fonte: Correio Mercantil, Anno XXII, ediçao 00121 (1), pg.1 , quarta feira, 3 de maio de 1865) (http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=24728) Primeira concessão ferroviária no Espírito Santo Coube ao governo provincial a iniciativa de implantar via férrea no Espírito Santo ao sancionar a Lei n° 37 de 27 de novembro de 1872. Dava aos Srs. Thomaz Dutton Junior, Francisco Portella e Miguel Maria de Noronha Feital o privilégio para construção, uso e gozo por si e seus herdeiros de uma via férrea com se lê:"Pela Lei Provincial n° 37, de 27 de Novembro deste ano, é autorizado o Presidente da província a contratar e conceder privilégio para a construção de uma estrada de ferro de bitola estreita, dividida em seis seções. Este projeto fora assinado pelos deputados Basílio Carvalho Daemon e Dr. Heliodoro José da Silva e celebrado o contrato com os peticionários Engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital, Tomás Dutton e Dr. Francisco Portela em 28 de Outubro de 1873 pelo Presidente Bacharel Luís Eugênio Horta Barbosa, e aprovado pela Assembléia em 12 de Novembro do mesmo ano. Apesar de muitas prorrogações, não realizaram os concessionários a empresa. Mais tarde foi concedido pela Assembléia Geral o juro sobre dois mil contos para a primeira secção, sendo também assinado novo contrato com o coronel Russel por ter caducado o primeiro, que da mesma forma não foi levado a efeito este, o mais preciso melhoramento de que necessita esta província e a de Minas Gerais, pois é inegável que com a estrada projetada haverá um grande desenvolvimento em ambas as províncias."(Fonte: Província do Espírito Santo: Sua descoberta, história cronológica, sinopse e estatística – Parte 2, Autor: Basílio Carvalho Daemon; veja: http://www.estacaocapixaba.com.br/temas/historia/provincia-do-espirito-santo-sua-descoberta-historia-cronologica-sinopse-e-estatistica-parte-2/ ) Compoz o Soneto: pela honrosa terminaçao de nossa guerra ao tiranno do Paraguay: Longe vae teu porvir. Brasil avante! Um bravo, um filho teu, só, temerario Peito a peito, o monstro mais sicario Feriu em luta, nobre, triumphante! Rendiçao lhe propoz, elle, espumante, Resiste, por destino imaginario. Suppondo-se immortal, qual visionario... Mas a lança do heroe é terminante! Cahiu morto!...Paraguay cobrou alento! E confirmamos nós por todo o mundo Renome de um paiz, forte, opulento É grande o feito!...e um pensar profundo O conseguiu por fim!...eis o elemento Desta gloria à naçao: - Pedro Segundo! Miguel Feital (Fonte: Diario do Rio de Janeiro, terça feira, 22 de março de 1870, anno 53, n. 80, p. 2) "A associaçao denominada Benemérita Loja Capitular Uniao e Progresso com séde na cidade da Victoria, capital do Estado do Espirito Santo é uma aggremiaçao maçonica aliada ao Grande Oriente do Brasil...Foram fundadores da associaçao em novembro de 1872: engenheiro Miguel Maria de Noronha Fetial, dr. Heliodoro José da Silva, capitao Bazilio Carvalho Daemon, Dr. Florencio Francisco Gonçalves, Manuel Gomes Pereira, coronel Dionysio Alvaro Resende, capitao Antonio José de Mattos Lucena, Joao Antonio Fernandes de Magalhaes, José Joaquim de Almeida Riberio e Jorge Tuverne." (Fonte: Diario da Manha, Victoria do Espirito Santo, anno III,domingo, 29 de agôsto de 1929, no. 210, p.3). Fundou em 08/11/1872 a Loja Maçonica Uniao e Progresso no. 236 em Vitoria, Espirito Santo e é a mais antiga daquele Estado. Fonte: Jornal Empresarios, Novembro/2012 - disponível em http://www.youblisher.com/p/488339-Jornal-Empresarios/ É instalada neste ano [1872], no mês de Novembro, com todas as solenidades, uma loja Maçônica ao Vale do Lavradio, sob denominação de União e Progresso, tendo um Liceu a ela anexo, sob os esforços do Engenheiro Miguel Maria de Noronha Feital, Dr. Heliodoro José da Silva e Capitão Basílio Carvalho Daemon, coadjuvados pelo Dr. Florêncio Francisco Gonçalves, Manoel Gomes Pereira, Coronel Dionísio Álvaro Resendo, Capitão Antônio José de Matos Lucena, João Antônio Fernandes Magalhães, José Joaquim de Almeida Ribeiro e Jorge Taverne, os quais foram instaladores. Mais tarde, por intrigas e ambições mal cabidas de dois ou três, separaram-se alguns membros, que ficaram pertencendo ao Vale dos Beneditinos. Possuía esta loja uma variada biblioteca, para a qual concorremos com três caixotes de livros de ciências, literatura, história e artes. (Fonte: Província do Espírito Santo: Sua descoberta, história cronológica, sinopse e estatística – Parte 2, Autor: Basílio Carvalho Daemon; veja: http://www.estacaocapixaba.com.br/temas/historia/provincia-do-espirito-santo-sua-descoberta-historia-cronologica-sinopse-e-estatistica-parte-2/ ) Em ata de 11 de maio de 1872 da sociedade a Escola de Cicero consta que a comissao de sindicancia desta sociedade o aceitou como sócio honorário. (Fonte: A Instrucçao Publica, ediçao 00007 (1), pg. 56 do ano 1872) "Muito Pod.´. Supr.´. Conselho: Assembléa do 1 de março de 1873: Presidencia do Pod.´. Ir.´. 33.´. Antonio Alvares Pereira Coruja, Repres.´. Part.´. do Sob.´. Gr.´. M.´. Com.´. da Ordem: Foi aprovado membro honorario do Supr.´. Com.´. o Pod.´. Ir.´. Dr. Miguel Maria de Noronha Feital" (fonte: Boletim do Grande Oriente do Brasil, ano 1873, ediçao 0003 (1), p. 191) "Muito Pod.´. Supr.´. Conselho: Assembléa do 1 de abril de 1873: Presidencia do Pod.´. Ir.´. 33.´. Conselheiro Barao de Angra, Lug.´. Ten.´. Commend.´.: Foi juramentado como membro honorario o Pod.´. Ir.´. Dr. Miguel Maria de Noronha Feital" (fonte: Boletim do Grande Oriente do Brasil, ano 1873, ediçao 0004 (1), p. 260) Sob a rubrica "Provincia do Espirito Santo": "Lê-se na Naçao: por carta imperial de 7 do corrente e por decreto do dia 31 do mez proximo passado foi autorizada a incorporaçao de um banco commercial e agricola na referida provincia ao coronel Manoel Ribeiro Coutinho Mascaranhas, tenent-coronel José Ribeiro Coelho, Drs. Miguel Maria de Noronha Feital, Francisco Gomes de Azambuja Meirelles e Leopoldo Augusto Deocleciano de Mello e Cunha."(Fonte: O Espirito Santense, anno III, Victoria, 3 de julho de 1873, no. 234, p.3) "...a loja Uniao e Progresso, cuja fundaçao e engrandecimento sao apenas devidos aos esforços do incansável Dr. Miguel Maria de Noronha Feital, acha-se agora dividida; e os dissidentes della formam hoje um pseudo à pate sob o encommendado nome de Typhis ou Téphus ou Typho Republicano." (Fonte: A Naçao, sexta-feira, 4 de setembro de 1874, anno III, no. 198, pl. 3) (http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=586404&PagFis=2497) "Em sete dias que administrou a provincia, o vice-presidente coronel Mascarenhas fez uma derrubada completa: rescindiu o contrato celebrado com o Dr. José Feliciano de Noronha Feital para a limpa do Rio Santa Maria; o contrato celebrado com o Dr. Augusto Marques para a organizaçao do Dicionario Historico Geografico da Provincia; o contrato com o Sr. Faria para a navegaçao do Rio Sao Matheus; o contrato celebrado com o Dr. Misael Ferreira Penna para a compilaçao das leis provinciais, e o contrato mandado efetuar com o Dr. Miguel Maria de Noronha Feital para a iluminaçao a gaz da Capital; demitiu o inspector da instruçao publica, Major Joaquim José da Silva Gomes Netto; o lente de geografia do Colegio de N. S. da Penha, tenente Henrique Guatimosin; e o lente de retorica e poetica do Ateneu Provincial Benjamin Graça; demitira a bem do serviço publico, o promotor da Capital, bacharel José Ignácio de Figuereido." (O Cearense, quinta-feira, 10 de fevereiro de 1876, anno XXX, no. 12, pg. 1) Em 18 de dezembro de 1882 o Conselheiro Dr. Francisco José Cardoso Junior, por parte do Gr.´. Or.´. do Brazil, ao Val.´. do Lavradio, de cujo Grande Corpo é Sob.´. Gr.´. Mest.´. Gr.´. Com.´., e Conselheiro Dr. Joaquim Saldanha Marinho, por parte do Gr.´. Or.´. Unid.´. do Brazil, ao Val.´. dos Benedictinos, de cujo Grande Corpo é Sob.´. Gr.´. Mest.´. Gr.´. Com.´. Hon.´., commissionados pelos Grandes Corpos a que pertenceram, afim de promoverem a união maconica no Brazil e para isso firmar a junccao d’esses Grandes Corpos, unicos que actualmente existem reconhecidos entao no imperio e no estrangeiro, após as necessarias conferencias e devido estudo da grave materia chegaram a accordar nas bases com as quaes se deve operar a magna obra da desejada fusão d'estes dous Grandes Corpos em um só. Com isto, aparece no Boletim do Grande Oriente do Brasil do ano 1882, ediçao 00012 (3) na página 477 sob a rubrica "Algumas palavras" o seguinte: "Na solenidade do dia 18 do corrente, no Gr.´. Or.´. do Brazil, pelo Ir.´. Gr.´. Insp.´. Gen.´. 33.´. Memb.´. Hon.´. do Supr.´. Cons.´., effectivo e fundador da Aug.´. Loj.´. Cap.´. Pedro II, Dr. Miguel Maria de Noronha Feital" Sapient.´. M.´. Venerand.´. Ançiao.´. Caroav.´. IIr.´. "Haja sempre entre nós vontade forte, "Que podemos lutar até co'a morte!" O Supr.´. Arch.´. do Univ.´. A todos nos conceda gloria immensa! Firmes, esta uniao se torne intensa, Que jámais apresente outro reverso! No prazer este povo se acha immerso, E vem do coraçao, é nossa crença! Ao passado um véo! nunca houve offensa De um para outro circulo, entao disperso. A discordia cahio, já 'stao ligados N'um só élo, ferreo, perduroso, Élo de soccorrer aos desgraçados! O bulicio, o motim, traduz o goso, E aos authores seus demos mil brados: "Viva o Ir.´. Saldanha! Viva o Cardoso!" Foi membro também da Imperial Sociedade Amante da Instrucçao. (ver http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=22669) Foi membro do Instituto Polymathico Brasileiro (ver http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=20954) Foi o primeiro secretário da Sociedade Dramática Particular Recreio do Comércio, a qual apresentava peças no Teatro Sao Francisco no Rio de Janeiro. (Fonte: Biblioteca Digital Luso-Brasileira). Sobre o Teatro Sao Francisco veja o seguinte: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=830305&PagFis=47541 "Falleceu hontem às 2 horas da madrugada, na casa de sua residencia na ilha de Paquetá, o Dr. Miguel Maria de Noronha Feital. Era formado em engenharia pela antiga Escola Central e primeiro tenente reformada de artilharia. Por cinco legislaturas consecutivas foi membro da assembléia provincial do Rio de Janeiro, onde exerceu também os logares de engenheiro chefe de districto e engenheiro fiscal da Estrada de Ferro de Cantagallo. Por serviços prestados à intrucçao publica fôra condecorado com o habito da Rosa" (Fonte: Jornal O Paiz (RJ), segunda feira, 7 de setembro de 1885, anno II, ediçao 00248 (1), pg. 1) "Tambem falleceu no dia 7 [sic], ás 2 horas da madrugada em Paquetá, onde sepultou-se às 4 horas da tarde, o Dr. Miguel Maria de Noronha Feital, engenheiro civil pela antiga escola militar da corte, que em cinco legislaturas foi eleito membro da assembléia provincial do Rio de Janeiro. Tinha 69 annos de idade e por serviços prestados à instrucçao publica era condecorado com o grao de cavalheiro da Ordem da Rosa" (Fonte: Jornal do Recife, quarta-feira, 16 de setembro de 1885, Anno XXVIII, no. 210, p.2) |
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